A ex-repórter Flávia Jannuzzi, demitida há dois meses da Globo, abriu o jogo sobre os bastidores da emissora e fez duras críticas à política de diversidade adotada no meio. Em entrevista ao canal de entretenimento Splash, da UOL, Jannuzzi descreveu sua demissão como um episódio “horrível” e “traumático”.
Nos bastidores, a jornalista revelou a existência de uma “política de relações”, uma espécie de “panela” restrita, da qual ela afirmou não fazer parte e que teria prejudicado sua carreira. “É como uma panela. Se você não está inserido nesse grupo, você é deixado de lado. Os projetos não vão para frente, suas pautas não são aprovadas. É como se você tivesse que provar seu valor todos os dias, como se estivesse fora do jogo”, desabafou.
Além disso, Jannuzzi fez críticas à política de diversidade da empresa, alegando que profissionais com pouco tempo de casa, mas que representam uma “bandeira” levantada pela Globo, conseguem espaço em grandes jornais sem muita dificuldade, o que acaba resultando em uma predominância de novatos nas redações.
“Acredito que seja uma questão de uma nova ordem, uma agenda globalista. Há grandes jornalistas que se enquadram nos requisitos que estou falando. São colegas brilhantes, maravilhosos, mas quando isso se torna um fator determinante para conquistar espaço no Jornal Nacional ou ser contratado, acaba depreciando tanto os colegas quanto a profissão”, avaliou a ex-repórter.
Críticas e reflexões sobre a indústria jornalística
As declarações de Flávia Jannuzzi levantam uma série de reflexões sobre a realidade dos bastidores da mídia e a busca por uma maior diversidade no meio jornalístico. A existência de “panelas” e a valorização de determinados perfis profissionais em detrimento de outros são questões que merecem ser debatidas e analisadas.
É importante ressaltar que a Globo não se pronunciou oficialmente sobre as declarações da ex-repórter. No entanto, a discussão sobre a representatividade e a diversidade nas redações é um tema cada vez mais presente e necessário, não apenas na emissora, mas em toda a indústria jornalística.
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