Greve em Hollywood: entenda como a IA ameaça atores e roteiristas

Após intensas semanas de negociações, mais de 160 mil atores e atrizes de Hollywood se uniram aos roteiristas em uma greve conjunta, algo que não ocorria desde a década de 1960. A decisão foi comunicada pelo sindicato Screen Actors Guild-American Federation of Television and Radio Artists (SAG-AFTRA) na última quinta-feira (13).

Aumento salarial, direitos autorais em serviços de streaming e a proibição do uso de inteligências artificiais (IAs) pelos estúdios são algumas das principais demandas dos roteiristas e atores. Mas afinal, quais são as ameaças que as IAs representam para o trabalho desses profissionais? Entenda as implicações do assunto abaixo!

Reivindicações dos roteiristas e as implicações das IAs

As demandas dos roteiristas em relação ao uso de IAs têm gerado intensos debates na indústria cinematográfica. O sindicato dos roteiristas (WGA, na sigla em inglês), por exemplo, argumenta que o uso inadequado dessa tecnologia pode resultar na substituição de escritores humanos por máquinas.

O WGA solicita à Alliance of Motion Picture and Television Producers (AMPTP), grupo que defende os interesses dos estúdios nas negociações, que as empresas proíbam o uso de IAs na escrita de qualquer material literário, além de exigir que nenhuma ferramenta de inteligência artificial seja treinada com textos de escritores sindicalizados.

De acordo com o sindicato, essa prática resultaria em produções “padronizadas” ou com falta de conexão entre as histórias e o público. O WGA defende que ferramentas como o ChatGPT devem ser utilizadas apenas para fins de pesquisa.

“Os roteiristas estão preocupados com o fato de que nossos roteiros sejam utilizados como alimento para esses sistemas, gerando outras histórias, tratamentos e ideias de roteiros”, afirmou John August, roteirista de filmes como “As Panteras”, “Peixe Grande” e “Suas Histórias Maravilhosas”, em entrevista à CNN. “O trabalho que realizamos não pode ser substituído por esses sistemas”, completou.

David S. Goyer, roteirista de produções como “Batman Begins” e co-criador da série “Sandman”, afirmou que as IAs representam uma ameaça não apenas para as atividades criativas, mas para toda a sociedade.

“Essa é uma das razões pelas quais os roteiristas e os atores estão em greve. Não é apenas porque ela pode tirar seus empregos. Acredito que a IA poderia representar uma ameaça existencial para a sociedade. Precisamos ter muito cuidado ao permitir que esse ‘gênio’ em particular saia da garrafa”, alertou.

IAs criando réplicas de atores?

Durante o anúncio da greve dos atores, a diretora do sindicato SAG-AFTRA, Fran Drescher, revelou uma proposta inusitada feita pelos estúdios durante as negociações. Segundo ela, as empresas sugeriram algo muito semelhante à trama do episódio “Joan Is Awful” da série “Black Mirror”, que gerou repercussão nas últimas semanas.

“Eles propuseram que nossos figurantes de fundo sejam ‘escaneados’, recebam o pagamento de um dia de trabalho e que as empresas sejam proprietárias dessa imagem, de sua semelhança, podendo utilizá-la para sempre em qualquer projeto, sem consentimento e sem compensação financeira”, explicou a presidente do sindicato.

Resumidamente, os atores e atrizes não precisariam atuar em todas as cenas, já que a empresa poderia simplesmente fazer montagens com os rostos dos artistas. “Se você acha que essa é uma proposta inovadora, sugiro que repense”, afirmou Drescher.

Este texto foi gerado pela IA do GerAI e recebeu curadoria humana de Manoela Meneses, do JOR, para garantir sua qualidade e relevância.
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