A Agência Pública lançou hoje a “Cartilha de Segurança Digital e Atuação no Campo”, que sistematiza os protocolos de segurança adotados pela agência na produção de reportagens em campo. O material pode ser baixado gratuitamente no site da Pública.
Na cartilha, cuja produção foi coordenada pelo editor da Agência Pública Thiago Domenici, são compartilhados aprendizados adquiridos ao longo das coberturas feitas pela equipe na região da Amazônia brasileira desde 2012.
Ao longo desses oito anos, foram investigados temas como a propriedade da terra na Amazônia e a resistência dos povos indígenas, ribeirinhos e agricultores familiares contra a espoliação e a expulsão das comunidades de seu território. Mais de 200 reportagens foram publicadas — muitas vezes envolvendo violência, em alguns casos associada ao crime organizado — e, portanto, com situações de perigo para fontes e repórteres.
Considerando a importância de ter cada vez mais repórteres cobrindo temas como esses, a Agência Pública divide na cartilha uma lista com protocolos de segurança básicos usados por sua equipe. As orientações levam em conta não só a segurança física e digital dos repórteres como também a preservação das fontes.
A primeira parte da cartilha trata da análise de riscos envolvidos em uma viagem, elaboração de um plano de emergência e levantamento prévio de informações sobre o trajeto, meios de transporte, locais de hospedagem, fontes locais, contatos de emergência, entre outros.
No segundo bloco, o de segurança digital, a cartilha disponibiliza um diagnóstico elaborado pelos profissionais Adriano Belisário e Lucas Teixeira, da Escola de Dados, e posto em prática pela Agência Pública.
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