Capa da ELLE Brasil, Bruna Marquezine fala sobre Enzo Celulari, carreira, posicionamentos e sobre as consequências da hiperexposição

Formada pela composição do prefixo meta, que significa “mudar”, e pelo sufixo morfo, que tem o sentido de “forma”, a palavra metaformose remete a transformação. Trata-se de um conceito amplo, utilizado pelas ciências naturais (sobretudo, a biologia), mas também pelas artes: da pintura à escultura, passando pela música, pelo teatro e pela literatura. “Metamorfoses” é o conceito que guia a nova edição de ELLE Brasil, cuja estrela que posa para capa, Bruna Marquezine, tal qual a borboleta que emerge do casulo, evoluiu, criou asas e transformou-se. A revista chega nesta sexta-feira, 21, às plataformas digitais.

Com exclusividade à ELLEa atriz falou à jornalista Angelica Santa Cruz sobre amor, trabalho, posicionamentos e também sobre as consequências da hiperexposição. Do relacionamento recente com Enzo Celulari, à decisão de assumir o comando da própria carreira, Bruna tratou, sem ressalvas, sobre o processo de amadurecer, cercada pelos olhares e pelas expectativas do público, se transformar e (res)surgir aos olhos do showbusiness, do País e também de si mesma.

“Quando resolvo me posicionar, corro o risco de ouvir críticas, de perder seguidores e contratantes. Mas aí eu penso: ‘Ok, foda-se. É a minha posição e também não quero atrelar a minha imagem a uma marca que tenha valores tão divergentes dos meus’. Eu não desejo falar só com pessoas que pensam exatamente como eu”, revela Bruna Marquezine, que ilustra a capa e o recheio da nova ELLE Brasil

Clicada pela primeira vez para a revista, sob as lentes da fotógrafa Nicole Heiniger, com styling de Rita Lazzarotti, a atriz de 25 anos revelou detalhes sobre uma fase dramática da vida, em que teve depressão e precisou lidar com distúrbios de imagem. “Eu tinha postado uma foto minha e vi comentários de que estava magra demais, feia demais, de que eu tinha anorexia – na verdade, falam isso até hoje. Mas ninguém sabia que eu tinha acabado de enfrentar um perrengaço, do mal que eu havia feito contra o meu corpo. À noite, tinha fome, pedia uma pizza e comia inteira. Ficava muito mal e tomava dois lacto-purgas, um laxante pesado”, confidencia à jornalista Angélica Santa Cruz. 

“No dia seguinte, acordava passando mal, ia ao banheiro, botava pra fora todos os nutrientes. Se eu quisesse emagrecer, bastaria fazer refeições com uma composição saudável. Mas eu estava depressiva. Então, eu queria era me machucar. Fui fazendo isso por meses. Aí, na véspera do Natal, fui parar no hospital, com um início de pedras nos rins. Ali, eu vi a violência que estava cometendo contra o meu corpo”, conta. “Hoje eu penso tão diferente que é até difícil justificar a lógica que eu seguia”, relata Marquezine.“Se você tem uma vida ativa nas redes sociais, é muito difícil não se comparar. Isso está na raiz do comportamento nessas plataformas. Cresci nesse meio e fui aprendendo na marra a filtrar, mas tem coisa que acaba machucando”, completa a atriz. 

New Age – Em nova era na carreira, Bruna Marquezine também falou sobre o fim do vínculo com a TV Globo, onde estreou aos 6 anos e atuou em 14 novelas ao longo de 17 anos. “Finalizar uma trajetória de tantos anos dentro da Globo foi muito delicado, muito sofrido. Sabia que seria arriscado, principalmente financeiramente, encerrar um contrato seis meses antes do término pra ter mais liberdade de escolha na carreira. Ouvi de muita gente que eu não deveria fazer. Mas eu estava frustrada havia anos. Eu estava sofrendo e, ao mesmo tempo, queria entregar pra empresa tudo o que ela precisava. Então, pensei em fechar o ciclo. Mas, ao meu redor, todo mundo dizia: não faz. Foi bem difícil”, desabafa. 

Namoro – Perguntada sobre a decisão de assumir o relacionamento com Enzo Celulari publicamente nas mídias sociais, Bruna não fez rodeios. “O Enzo apareceu na minha vida neste momento superdelicado. Quem imagina que vai começar a namorar no meio de uma quarentena? Eu estava uns quatro anos sem ter um namoro e fiquei muito bem sozinha – coisa que nunca tinha conseguido fazer. Desde o início, foi muito leve, me fez muito bem. É um lugar onde eu me sinto muito segura e isso é tão bom… foram muitas sessões de terapia pra me acostumar com a paz de ter um relacionamento tranquilo. É muito potente viver dentro de um relacionamento de respeito, de admiração, de tranquilidade”, garante.

Nova Edição – O volume 04 da ELLE Brasil, em acabamento luxuoso de livro, chega nesta sexta-feira, 21, às plataformas digitais. “Metamorfose foi o conceito que escolhemos para nortear esta edição. Tudo a ver também com o momento de isolamento e transformação que estamos vivendo e a analogia perfeita para a atriz Bruna Marquezine, fotografada pela primeira vez para a ELLE, em uma capa que já nasce histórica – a primeira de uma publicação de moda brasileira feita com o método de impressão lenticular, que possibilita o movimento em duas dimensões”, conta Susana Barbosa, diretora editorial.

A nova edição ainda traz uma entrevista exclusiva com a cantora e atriz Jane Birkin (inspiração para a mais desejada das bolsas), que fala sobre a passagem do tempo, moda, a perda da filha e a relação com Serge Gainsbourg. A estilista holandesa Iris Van Herpen conta como une trabalho artesanal e alta tecnologia para criar suas coleções arrebatadoras. O imaginário nacional, a vida secreta das plantas e até Kafka inspiram 44 páginas de editoriais de moda clicados por Gleeson Paulino, MAR+VIN e Paulo Vainer. A pandemia e as novas coleções: como o desejo por proteção, conforto e praticidade influenciaram o que vemos nas passarelas da temporada. E ainda, no volume 04 de ELLE: entrevistas com Gottmik, Lisa Eldridge, Amalia Ulman e Sandor Katz, a neo-neopsicodelia, upcycling na indústria do luxo e muito mais!

Foto: Divulgação

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