Um caos se instaurou no site americano Gizmodo quando o editor-chefe informou ao jornalista James Whitbrook que, em apenas 12 horas, o portal publicaria artigos escritos por uma Inteligência Artificial (IA). Apenas dez minutos depois, um texto sobre a ordem cronológica dos filmes e séries de Star Wars, escrito pelo bot, foi ao ar sem qualquer revisão.
Whitbrook, especializado em ficção científica, rapidamente leu o texto e catalogou 18 preocupações, correções e comentários em um e-mail para o editor-chefe, Dan Ackerman. Entre as falhas apontadas estava a colocação errada da série “Star Wars: The Clone Wars” na ordem cronológica e a omissão de outras produções, como a série “Andor” e o filme de 2008, também intitulado “Star Wars: The Clone Wars”.
Além disso, a IA apresentou formatação imprecisa nos títulos das produções, descrições repetitivas e não incluiu um aviso explícito de que o texto havia sido escrito por uma IA, exceto pela assinatura do bot. Essas falhas geraram protestos entre os funcionários, que expressaram sua insatisfação através do sistema interno de mensagens Slack da empresa.
A utilização de IA no jornalismo tem sido motivo de debate, e muitos repórteres e editores afirmam não confiar em chatbots para redigir textos bem elaborados e completamente verificados. Eles temem que a introdução precipitada dessa tecnologia nas redações possa comprometer a qualidade das informações.
Especialistas em IA destacam que muitos modelos de linguagem ainda possuem deficiências tecnológicas que os tornam pouco confiáveis para o jornalismo, a menos que haja uma profunda supervisão humana no processo. A ausência de supervisão pode resultar na disseminação de desinformação, na semeadura de discórdia política e no impacto significativo nos veículos de comunicação.
A G/O Media, proprietária do site Gizmodo, justificou a adoção da IA com base em sua missão editorial e na responsabilidade de explorar iniciativas de IA no campo da tecnologia. No entanto, o teste realizado com o chatbot evidenciou a necessidade de cautela e revisão constante para evitar erros que possam prejudicar a reputação e a credibilidade da empresa.
Este texto foi gerado pela IA do GerAI e recebeu curadoria humana de Manoela Meneses, do JOR, para garantir sua qualidade e relevância.
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