Um novo estudo realizado na Noruega revelou que a prática regular de exercícios físicos pode ajudar na tolerância à dor. Pesquisadores acompanharam mais de 10 mil pessoas ao longo de oito anos, avaliando a relação entre a quantidade de atividade física realizada e a tolerância à dor.
Aumento da tolerância à dor com mais atividade física
Os resultados mostraram que a tolerância à dor aumentou de acordo com a quantidade de atividade física praticada. Os participantes que apresentaram níveis mais elevados de atividade física tiveram uma maior tolerância à dor em um teste no qual mergulhavam a mão em água gelada, em comparação com os participantes inativos. Os mais ativos resistiram cerca de 16 segundos a mais do que os inativos.
Repouso não é recomendado para pessoas com dor crônica
Contrariando a crença popular, o repouso absoluto não é recomendado para pessoas que sofrem de dores crônicas. De acordo com Leonardo Ávila, PhD em Neurociências, fisioterapeuta e especialista em dor, apenas em casos específicos de dores crônicas com episódios de intensidade variável ao longo do tempo, é recomendado um repouso-ativo parcial. À medida que a intensidade da dor diminui, o paciente pode gradualmente retomar suas atividades diárias e também a prática de exercícios físicos. Em alguns casos, manter-se ativo e praticar exercícios também pode ajudar no controle da intensidade da dor.
Mecanismos que explicam o fenômeno
A relação entre exercícios físicos e dor ainda é complexa e requer mais estudos, mas existe uma forte hipótese que explica alguns resultados. Durante e após uma sessão de exercícios, ocorre o fenômeno da hipoalgesia, que é uma resposta inibitória da dor. Isso significa que a intensidade da dor pode diminuir após apenas uma sessão de exercícios.
Segundo Ávila, a hipoalgesia induzida pelo exercício é semelhante a tomar um medicamento, com efeitos que duram cerca de 30 minutos após o treino. A magnitude dessa hipoalgesia pode variar de acordo com a modalidade, intensidade e dose do exercício físico, o estímulo doloroso utilizado e o método de quantificação da dor.
Exercícios recomendados para redução da dor
Em geral, qualquer tipo de exercício físico pode ser benéfico para reduzir a intensidade da dor em casos de dores musculoesqueléticas crônicas. Segundo Ávila, é importante escolher uma atividade que seja de fácil acesso e prazerosa para pessoas sedentárias e com comportamento inativo.
No entanto, em algumas patologias específicas, como a fibromialgia, pesquisas indicam que o treinamento aeróbico pode ser mais efetivo para reduzir a dor e melhorar a qualidade de vida, embora a musculação também apresente benefícios.
É importante ressaltar que, devido à sensibilização disfuncional do sistema nervoso central, pacientes com fibromialgia podem experimentar mais episódios de dor durante os exercícios de força em comparação com os exercícios aeróbicos.
(Fonte: Estudo publicado no TecMundo)
Este texto foi gerado pela IA do GerAI e recebeu curadoria humana de Manoela Meneses, do JOR, para garantir sua qualidade e relevância.
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